Agenda ambiental: O Ano Novo e o papel de cada um

Novembro de 2018

Tempos de reflexão como esses são também para praticar atitudes de mudança ainda não realizadas. Provavelmente, deixamos em algum momento, de permanecer no mesmo papel assertivo de educar o próximo em favor da dignidade humana e da natureza. Quando reconhecermos a importância dos ecossistemas, da fauna e da flora no nosso entorno e do planeta, todos teremos uma cidadania individual, plural e comum.

As escolas, as universidades, as instituições, as empresas, as igrejas, todos nós precisamos planejar propósitos regulares de preservação humana e não humana, envolvendo as pessoas próximas e distantes num construto ecológico local, nacional e planetário. Conforme defende o teólogo brasileiro Leonardo Boff (2015, p.255), “Se assumimos que o ser humano é a própria Terra consciente e inteligente, então devemos admitir que a própria Terra participa dessa dignidade e desses direitos”.

Neste ano de 2018, iniciei o projeto particular de meu blog com a finalidade de disponibilizar as proposições ambientais de teóricos e críticos por meio de meus e-books acadêmicos e literários, de artigos científicos e de opinião. Nossas discussões podem ser acessadas pelos usuários e leitores quando for necessário. Produziremos e publicaremos novas narrativas nesse espaço quando houver novas demandas por informação ecológica.

Não podemos deixar, todavia, de sugerir algumas ações necessárias aqui e agora nesses tempos de urgência: os cursos superiores precisam criar disciplinas sobre cidadania social e ambiental por meio de seus projetos pedagógicos, as escolas devem ampliar as atividades interdisciplinares indicadas nos planos de ensino envolvendo parcerias públicas e privadas, as igrejas podem discutir e praticar indissociavelmente, espiritualidade e ecologia nas suas reuniões religiosas, nos trabalhos de pastorais e ministérios. As instituições e empresas precisam planejar formas de conscientizar, frequentemente, seus públicos acerca de atitudes sustentáveis inclusive em espaços naturais fora dos gabinetes e das salas de reuniões.

O futuro não é depois de amanhã. Devemos reconhecer as mudanças no presente diário, legitimando a mitigação mais do que a adaptação às crises ambientais e climáticas independentemente de quem esteja nos cargos executivos do nosso país. A responsabilidade é ao mesmo tempo individual e coletiva, a educação e o diálogo são os melhores caminhos. Confiantes podemos dizer: Paz e Bem para todos nós e a natureza!

Simão Farias Almeida

Revisão de Ana Lúcia de Sena Cavalcante

Referência
BOFF, Leonardo. Ecologia: grito da Terra, grito dos pobres. Petrópolis, RJ: Vozes, 2015.

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